O movimento monárquico português, como afirmaria Miguel Esteves Cardoso, é o mais antigo movimento de resistência politica da Europa.
Mas é importante não confundir a longevidade, constância e coerência com a antiguidade das estruturas actualmente existentes. Apesar da manutenção da linhagem (a mais antiga da Europa) Real o movimento acompanhou sempre as fracturas politicas e ideais que varreram o Ocidente politico.Não são poucos os monárquicos ao serviço da República, tal como não são escassos os republicanos que gostariam de ver um Rei como Chefe de Estado. Mau grado as sucessivas revoluções e guerras que varreram a Europa e Portugal, a História não soube conceder o tempo necessário para que o povo português pudesse reflectir sobre o caminho que trilhava ou sequer almejar um futuro alternativo.Apesar de gozar de um periodo único de ausência de invasões externas e do contributo de muitos monárquicos que souberam servir a República para salvar o País podemos afirmar que a República não soube alcançar a maturidade dentro do coração de muitos portugueses que ainda julgam ver no regime republicano um estado transitório para o V Império ou que não contêm a admiração pela figura de SAR D. Duarte e prova séria deste divórcio é a êndemica abstenção que pauta todos os sufrágios.
A irreverência irresponsavel de um regime que apesar de centenário não soube criar a mesma cultura de união que os escassos 60 anos de Afonso I souberam conceder a uma amálgama de gente, que apesar de analfabeta diversa e parca de futuro soube ver num simples homem algo mais do que a soma dos vicíos privados que o actual regime tanto oculta e menoriza dentro na elite que o suporta