A Convergência Monárquica (1971)

17-07-2010 17:54

 

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A Convergência Monárquica (CM) foi um movimento de monárquicos oposicionistas ao Estado Novo formado em 30 de Abril de 1970, reunindo o Movimento Popular Monárquico, de Gonçalo Ribeiro Teles, fundado em 1957, a Renovação Portuguesa, de Henrique Barrilaro Ruas, fundada em Maio de 1962, e uma facção da Liga Popular Monárquica, de João Vaz de Serra e Moura, nascida em 1964. A união será a base do Partido Popular Monárquico surgido em 1974. Pouco antes, nas eleições de Outubro de 1969, a maioria deles apoiou a candidatura da Comissão Eleitoral Monárquica, enquanto Gonçalo Ribeiro Teles apareceu como candidato nas listas de Mário Soares.

CM – A Convergência Monárquica foi formalmente constituída a 30 de Abril de 1970. Como frente unitária integrava o Movimento Monárquico Popular (MMP), a Renovação Portuguesa (RP), a Liga Popular Monárquica (LPM), e a Juventude Monárquica Portuguesa (JMP), que, contudo, mantiveram ainda a sua autonomia e independência estatutária. Estes agrupamentos de monárquicos oposicionistas ao regime, estiveram na origem da anterior Comissão Eleitoral Monárquica (CEM), organizada com o intuito de concorrer às «falseadas eleições» legislativas de 1969, e participaram, também, no debate em torno da problemática ultramarina. Reclamava o direito «à participação na vida» política do País, que caminhava para o «descalabro moral e económico», verberando a «repressão policial» do Estado Novo. Por causa destas posições, a Convergência Monárquica foi impedida pelo regime de concorrer às eleições de 1973. Foram seus destacados dirigentes:

-Francisco de Barcelos Rolão Preto (1893+1977),

-Gonçalo Pereira Ribeiro Telles,

-Henrique José Barrilaro Fernandes Ruas (1921+2003),

-João Carlos Vaz Serra Moura,

-José Luís Crespo de Carvalho,

-Rodrigo Jorge de Moctezuma Seabra Pinto Leite,

-Fernando Sylvan (1917+1993),

-João Carlos Camossa Nunes de Saldanha (1925+2007),

-António Pardete da Fonseca, etc.

A Convergência Monárquica, enquanto grupo de renovação social, desempenhou um papel importantíssimo na luta contra o Estado Novo e foi um verdadeiro pólo de reflexão e de homens ligados à História e à cultura, amantes dos valores da Liberdade. Transformou-se no Partido Popular Monárquico a 23 de Maio de 1974, por proposta do Conselho Nacional da Convergência Monárquica. Em 1994 um grupo encabeçado por Gonçalo Ribeiro Telles abandona o partido monárquico para fundar o Movimento Partido da Terra. O PPM apresentou-se com nulos resultados às eleições de 1975, 1976, 1983, 1987, 1991, 1995, 1999 e 2002. Contudo elegeu vários deputados nas listas da AD (1979 e 1980), e do PPD/PSD (2005). Nas eleições presidenciais fazia, por regra, o apelo ao «voto de consciência».

 

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