Opinião:"meio País a injuriar o outro meio", por Duarte Militão
19-07-2010 10:36
Meio País a injuriar o outro meio
«SENHOR DIRECTOR
Os partidos foram sempre causa de perturbação Em Portugal criaram um sistema que "pôs meio país a injuriar o outro meio" (imprensa de 23 Setembro de 2007) Alain Touraine. que era um dos grandes nomes da sociologia francesa contemporânea, disse que não representavam o interesse público mas eram empresas políticas financiadas por operações ilegais, minadas pela corrupção. De Itália chega a ideia de que são o cancro da Democracia. Em Portugal vivem do que sacam ao depenado Zé, quando deviam existir com toda a toda a liberdade por conta de quem neles estivesse interessado. Sem falar nos tempos mais antigos lembremos o reinado de D. João VI e seguintes. No reinado de D.João VI formaram-se os partidos absolutistas e liberais que sempre se guerrearam ferozmente. Nunca trouxeram tranquilidade mas sempre perturbação. Foram as revoltas de Vila-francada, em 27 de Maio de 1832, e da Abrilada, em 30 de Abril de 1824, foi a dissolução do Parlamento em Março de 1828, foi o combate naval da Vila da Praia, com a vitória dos liberais, foi a resistência da Ilha Terceira, a ocupaçãodo Porto por um exército liberal de 7500 homens, vindo dos Açores e comandado por D. Pedro, foi a batallia navaL em 1833 perto do Cabo de S. Vicente, com a victória dos liberais, e foi a Guerra Civil, com as batalhas terrestres de Almoster, em Fevereiro de 1834, ganha pelos liberais, comandados pelo Marechal Saldanha, logo de seguida, em Maio do mesmo ano, pela derrota dos absolutlstas na batalha da Asseiceira, ganha pelo Duque da Terceira, e assim continua até ao criminoso assassínio de D Carlos. E foi o desastre, com outros partidos, da I Republica e o desastre deste sistema com os deputados a representarem ideologias desacreditadas, o desemprego e o despejar dos cofres do Estado.
Mataram D Carlos para implantarem a Republica. O resultado tem-se visto. Condenaram Portugal a pobreza quase eterna e sem dinheiro não há progresso. Nunca mais haveirá progresso enquanto não entregarem o Parlamento a quem trabalha. Votar nos partidos é deixar tudo na mesma. Socialismo seria uma nova distribuição da riqueza que muitos aproveitaram para distribuírem mais por eles.»
Duarte Militão, in Diário de Leiria de 19-7-2010
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